Ações em Combate
Oficiais da 148ª Divisão de Infantaria
Acervo de Wanda Reis Pedroso
Alcides Basso diz que, ao chegarem a Tortona, pequena cidade que, aparentemente, havia sido menos avariada na guerra, os brasileiros ficaram acampados por dois dias. De lá, após receberem nova missão, retomaram a marcha até Fornovo di Taro. Após passarem a noite de 28 de abril protegidos, ao amanhecer, progrediram cerca de três quilômetros e chegaram próximo ao local onde os comandantes brasileiros e alemães estavam negociando a rendição da 148ª Divisão de Infantaria e remanescentes das 90ª Divisão Panzer Granadier e Bersaglieri Itália para a FEB. Acamparam e pernoitaram no local, fazendo segurança aproximada.
O cenário da rendição alemã
No dia seguinte, os alemães começaram a entregar armamento, carros, motos, bicicletas e até cavalos. Eram quase 15.000 homens, milhares de animais, viaturas e armamento.
“Estávamos de um lado da estrada e os alemães do outro. Largamos as armas e atravessamos a estrada que nos separava. A guerra havia acabado e, se havia acabado a guerra, não mais havia inimigos. Uns falando um pouco em polonês, outros em alemão, acabávamos nos entendendo. Consegui trocar comida e cigarros por uma Parabelum alemã e uma Beretta italiana. Os soldados alemães trocavam qualquer coisa por comida, pois estavam com fome. Além disso, para eles, a arma não serviria para mais nada, e, de qualquer modo, teriam de entregá-la. Pelo menos matavam a fome. Tenho o privilégio e o orgulho de dizer que fiquei ali, de frente para eles, quando se renderam”, conclui Alcides Basso.
Parte dos fuzis alemães apreendidos pela FEB
Acervo de Wanda Reis Pedroso
Cumprida a missão em Fornovo, os contingentes da FEB prosseguiram para o norte, em perseguição às tropas alemãs, e ocuparam a região de Alessandria. Depois de passarem pela cidade de Turim, as tropas brasileiras realizaram a junção com as tropas francesas, em Susa.
A missão estava quase cumprida. Os alemães haviam se rendido. Entretanto, até 3 de junho de 1945, a FEB realizou ações de manutenção de paz e segurança das áreas ocupadas. Pedro Vidal, depois de permanecer grande parte do tempo no Depósito de Pessoal, seguiu para o norte, integrado ao 11º RI, já no período de ocupação do terreno. “Não participei de nenhum grande combate, mas de algumas patrulhas isoladas, sim. Nessas ações, a maior responsabilidade era do ‘sargentão’, comandante da patrulha. No terreno ainda havia alguns tedescos e, não raras vezes, ocorriam escaramuças. Por isso, os deslocamentos exigiam disciplina e atenção total. Pelo desempenho nas patrulhas, vi vários companheiros serem promovidos. Saíam para a patrulha como cabos ou soldados e, dependendo da relevância e da complexidade da missão, ao retornarem, eram promovidos por ato de bravura”.
Observação: Ao encerrar os capítulos intitulados “Ações em Combate”, é importante salientar que, por ter sido baseado em depoimentos de veteranos que efetivamente participaram dos combates, “Longa Jornada” não menciona passagens destacadas da FEB na Itália, como Monte Castelo e Castelnuovo, entre outros. Na edição ampliada, a ser lançada em 2013, esses combates terão especial atenção.
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Parabéns ao autor do livro, o Sírio. Atualmente 8 artigos estão entre os 20 mais acessados do Portal FEB
eram 15 mil alemaes se renderam para somente 10 mil brasileiros os outros 15 mil brasileiros eram tropas de apoio mecanicos e motoristas hollywood ta devendo alguns milhoes para fazer um filme sobre esta historia viva a F.E.B viva a marinha do brasil