A Última Ruína do Histórico Quartel da Artilharia, em São Cristovão (RJ), Haverá Salvação?
Com a construção ora em andamento do Campus Anexo do Museu Nacional, no terreno que foi do Exército, hoje do Estado (ou Prefeitura?) entre a Quinta da Boa Vista e a linha férrea, ao lado do Centro Hípico do Exército, a Última Ruína do Histórico Quartel da Artilharia, em São Cristovao (RJ), encontra-se dentro da área da obra, cercada por tapumes, em péssimo estado de conservação. A obra do Museu Nacional, iniciada em Novembro de 2019, está prevista para terminar em Dezembro de 2021. Não sabemos se ela preservará a ruína do Portão das Armas, caso em que terá quer ser restaurado, ou se simplesmente acabará por demoli-lo totalmente. Trata-se de uma unidade da UFRJ, em 2020 completando 100 anos, teóricamente a primeira interessada em preservar a memória em suas propriedades.
Para uso como estacionamento da FIFA, em 2013 foi posto abaixo um pouco da História do Exército e do Brasil. Se pelo menos o Brasil tivesse ganho a Copa do Mundo de 2014…
Lamentavelmente demolido, foi nesse tradicional e histórico aquartelamento do 1º Grupo de Artilharia Pesada em São Cristovão, que 1927 o bravo Coronel Correia Lima instalou o primeiro Centro de Preparação de Oficiais da Reserva do Brasil, e de onde em uma madrugada escura de 1944, soldados brasileiros partiram para embarcar em navios que os aguardavam no Cais do Porto, para a luta contra o nazi-fascismo na Segunda Guerra Mundial.
Era o I/1º. ROAuR, 1º. Grupo da FEB, sob o comando do TC Levy Cardoso, que teve a primazia de disparar, aos pés do Monte Bastione, o primeiro tiro da Artilharia Brasileira na 2ª. Guerra Mundial.
Nas fotos vemos o estado deprimente em que se encontrava em 2017 o Portão das Armas, ultimo vestígio em cimento e tijolos de uma página de glória da História do Brasil.
Israel Blajberg
AHIMTB/RIO e IGHMB
29 de Agosto de 2020
veja que na foto de cima – 2017 – nao há nenhuma arvore, e na de baixo – 29/ago/2020 – vemos que a arvores já cresceram em volta da ruina.
e entre as 2 fotos, em apenas 3 anos, nada foi feito, e a ruina parece ainda mais deteriorada