Na imagem, o pracinha Ivo Ziegler, com italianos: “Eles vinham ao acampamento da FEB em busca de comida”
Acervo de Ivo Ziegler
Pedro Vidal diz que, logo na chegada, os brasileiros tiveram certa dificuldade de aceitação por parte dos italianos, principalmente pelas crianças. “Eu tinha uma barreira a mais para superar: muitas crianças não conheciam homens negros. Se fosse bem preto mesmo, as crianças tinham medo e até fugiam. Com o tempo, isso mudou e, nas andanças pela Itália, éramos recebidos com alegria…”.
Segundo Vidal, “os partidários de Mussolini, contrários aos aliados, eram maus, truculentos e prevalecidos. Usavam táticas terroristas contra a população local, não fascista, principalmente os partigiani (cidadãos armados, pertencentes ao movimento de resistência). O combate aos fascistas deu aos brasileiros a simpatia da maioria da população local. Quando perceberam que estávamos lá para ajudá-los, passamos a ser bem recebidos em todos os lugares por onde andássemos. Os brasileiros passaram a ser vistos como soldados de valor e homens de bem”.
Dalla Costa recorda que “falava em dialeto com os italianos. Não tinha problemas de comunicação, pois meu pai veio, aos oito anos, da Itália para o Brasil e, em casa, falávamos italiano. Em todos os lugares a que chegávamos, éramos bem recebidos. Eles tratavam muito bem os brasileiros. Fiz amizade com muitos italianos”, destaca.
Geraldo Sanfelice diz que, sempre que estacionavam em algum lugar, sem previsão de progressão imediata, faziam contato com a população local. A região era montanhosa e muita gente tinha criação de cabras. Assim, a base dos pratos que os italianos serviam aos pracinhas eram a polenta e a carne de cabrito, acompanhados de um bom vinho. Como descendente de italianos, não tinha grandes dificuldades de comunicação, pois sapecava o idioma italiano desde criança, quando morava na Quarta Colônia (de imigração italiana, no Rio Grande do Sul).
Eugênio Lombardo recorda que o relacionamento com a população italiana era amistoso. “Éramos bem recebidos em tudo que era lugar. Da mesma forma, quando iam ao acampamento em que estávamos, também os tratávamos muito bem. Havia muito respeito e descontração. Eles ficavam muito contentes quando nos encontravam. Eles gostavam muito dos brasileiros”.
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