Acervo Vet. Taltíbio de Melo Custódio
Dalla Costa recorda que, do Rio de Janeiro a Nápoles, durante 15 dias, via somente céu e água. Pisar em terra firme novamente foi um alívio. “O porto de Nápoles, sob a luz do sol do amanhecer, era muito bonito, mas, depois que vi os sinais da guerra e os navios destruídos, já não parecia tão belo”, diz.
Aribides Pereira, que chegara a Nápoles em 6 de outubro de 1944, recorda que os sinais da guerra eram visíveis, mas a comprovação definitiva de que estava mesmo na guerra teve quando, ao desembarcar do General Mann, cruzou com o Sargento Arno Koeller, de Cruz Alta, que havia sofrido uma fratura, com afundamento do nariz, e estava sendo evacuado para os Estados Unidos, para tratamento. Constatou que a guerra não só destruía a infraestrutura, mas tirava vidas e mudava o rumo de muitas outras.
Taltíbio Custódio relembra que, certo dia, percebeu que o General Meighs já não balançava mais e estava tudo em silêncio. Abriu a viseira do navio e viu a primeira cena real de guerra: “Um porto todo esbagaçado e destruído. Havia muitos navios partidos ao meio, destroçados. Pelos alto-falantes do navio, informaram que deveríamos permanecer em nossos compartimentos até o desembarque, que começaria em seguida, de modo organizado e sob comando”.
Taltíbio diz, ainda, que o contingente foi recepcionado por um grupo de oficiais e por cerca de 20 enfermeiras da FEB, que, ao darem as boas-vindas, já separavam os que estavam em pior estado de saúde. “Vários caminhões Chevrolet 40 nos esperavam. Eram conduzidos por militares do 6º RI. Perguntei a um dos condutores como era estar na guerra. Ele respondeu, em tom irônico, aqui é bom! Vocês vão ter tempo para descobrir”.
Os soldados que haviam ficado mais debilitados durante a travessia do Atlântico permaneceram no hospital, em recuperação. José Pereira relata: “As injeções que tomei no Rio de Janeiro acabaram causando uma reação alérgica na pele. Isso, somado à água salgada dos banhos, me deixou em mau estado. Tive de ficar baixado ao hospital até estar curado”.
Geraldo Sanfelice recorda esses efeitos: “De tão fraco que eu estava, precisei ser apoiado pelos amigos, para descer do navio. Em dois ou três dias, estava inteiro. Tanto é verdade, que fui para o front na primeira leva”, finaliza.
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Foi realmente uma jornada bastante árdua para os Guerreiros da FEB!!!!!!
A foto é do acervo do Veterano Taltíbio de Melo Custódio.
Perdão, está adicionado